Sobre Nós

Arqueologia Bíblica

Historicidade da Bíblia

Os especialistas que estudam a Bíblia hoje costumam ser divididos entre “minimalistas” e “maximalistas”. Os primeiros minimizam o uso do texto bíblico literal como fonte válida para a escrita da história de Israel, preferindo usar métodos de crítica textual, registros arqueológicos e comparação de fontes diferentes para a reconstrução da história antiga. Nesse grupo estão estudiosos famosos como Keith Whitelam e Thomas L. Thompson. Os segundos, representados por Pierre Bordreuil e Françoise Briquel-Chatonnet,entre outros, dão grande valor às informações do texto original e pretendem conservá-lo ao máximo.É difícil, contudo, fazer divisões muito claras entre essas “escolas” de estudiosos: Philip Davies, por exemplo, entende que os textos bíblicos são necessários para se reconstruir uma história do pensamento israelita. William G. Dever, Israel Finkelstein e Amihai Mazar fornecem análises sobre os interesses ideológicos e o contexto social, cultural e político que influíram na redação. Para Mario Liverani a história de Israel se divide entre uma história “normal”, construída a partir de uma diversidade de fontes, entre elas as arqueológicas, e uma história “inventada”, a forma como os redatores bíblicos reinterpretaram o passado.