Os tabletes de Amarna e os habirus
Amenotepe IV assentou-se no trono do Egito. Ele instituiu mudanças drásticas na arte, na política e especialmente na religião. Amenotepe IV aboliu o pamteão tradicional das deidades egipicias e passou a adorar apenas a Aton, o disco solar, Amenotepe mudou seu nome para Aquenaton e contituiu uma nova capital, que se chamou Aquetaton.
A vida na nova capital centrava-se no culto de Aton. Após os dezessete anos do reinado de Aquenáton, os egípicios conservadores logo retornaram aos antigos caminhos trazendo a capital outra vez para Tebas e restabelecendo seus deuses tradicionais.
Em 1887, uma beduína descobriu diversos tabletes de barro com inscrições nas ruínas de Aquenatón. Quando se percebeu que os tabletes eram valiosos, os nativos escavaram e venderam centenas deles a vários museus e indíviduos. Outros foram descobertos mais tarde, em escavações sancionadas oficialmente. Ao todo, foram descoberto 382 tabletes, e como a maioria deles são correspondecias diplomáticas, convencionou-se chamá-los em conjunto Cartas de Amarna.
Cerca de 106 tabletes são provenientes dos reis vassalos egípicios de canaã, sendo portanto de grande interesse dos estudiosos da Bíblia. As cartas provenientes de Canaã contem uma rara descrição das condições de medos daquele século ou dos anos imediatamente posteriores á conquista, correspoendendo ao inicio do periodo dos Juízes, quando as tribos ainda estavam consolidando de forma independente seu poderio sobre a terra.
A narrativa bíblica é similar á situação refletida nas cartas de Amarna. Os governantes das cidades relatam a hostilidade existente em Canaã e reclaman de um grupo de povos em particular denominado “habirus”.
Os habirus são mencionados em textos de vários lugares do antigo Oriente Médio entre cerca de 1750 e 1150 a.c. Esses textos indicam que eram tribos nomades ou fugitivos que se haviam instalado em áreas urbanas e causavam problemas ás populações metropolitanas. É possivel que haja conexão linguistica entre o termo habiru e o nome hebreu. Podem ter sido israelitas, uma vez que a Bíblia os identifica como moradores daquela área nesse tempo.
Embora seja incerto que todo povo denominado habiru fosse israelita, o povo nativo de Canaã pode muito bem ter dado a eles essa designação, sendo o nome ligado ao termo hebreu.