No mundo antigo, a crucificação era vista como uma forma particularmente infame e dolorosa de execução. Os persas fizeram amplo uso da crucificação, embora ás vezes ela só acontecesse depois da vítima ter cido executada por outro meio. Também há relatos de que a crucificação era usada por vários povos assírios, citas, cletas, germanos, bretões habitantes da Índia. Comum á maioria dessas culturas era perspectiva de que a crucificação era uma forma de execução reservada aos piores criminosos e aos escravos.
A prática da crucificação foi difundida nos tempos de Alexandre, o Grande (356-323 a.c). Tornou-se forma comum de execução para os traidores, os exercitos derrotados e os escravos rebeldes. Mais tarde, sobe o imperio Romano, os romanos das classes mais baixas e os criminosos violentos podiam ser crucificados. Os escravos eram especialmente vulneráveis á crucificação. A literatura latina reflete o temor sentido pelos os escravos diante da perspectiva desse fim. Também há registros da prática da crucificação entre dos judeus. Flávio Josefo escreve que o sumo sacerdote saduceu Alexandre Janeu cometeu a seguinte atrocidade contra seus inimigos, os fariseus:” Enquanto jantava num lugar visível, com suas comcubinas, ele ordenou que aproximadamente 800 deles fossem crucificados, e enquanto eles ainda estavam vivos, diante de seus olhos, seus filhos e suas esposas tiverama garganta cortada” ( Antigudades Judaicas,13.14.2).
As vitimas ainda eram açoitadas ou torturadas de alguma forma antes da crucificação. As crucificações eram realizadas numa estaca vertical, ás vezes com uma traven horizontal próxima do topo ou no próprio topo. Podiam ser fixados blocos á estaca, como um assento, como apoio para os pés ou ambos. Depedendo da presença desses blocos, a vitima poderia continuar viva por até tres dias. Os blocos permitiam a vitima descansar um pouco on próprio peso, aumentando a chance de respirar e facilitando a circulação. Sem os blocos, o peso do corpo descansaria totalmente nos braços presos á trave por cordas, por pregos ou por ambos. Isso impedia a respiração e a circulação e induzia a uma parada cerebral e cardíaca. Para terminar a tortura, as pernas da vítima podiam ser quebradas, então a morte seguiria rapidamente. Ás vezes, a acusação era escrita e pregada á cruz acima da cabeça do condenado.
Nos tempos de Jesus, a crucificação era usada pelos romanos para exercitar e exibir de forma horrivel sua autoridade sobre os outros povos. Esse tipo de execução e a tortura eram vistos pelos judeus como uma forma almadiçoada de morte. Deuteronomio 21.23 afirma que qualquer que for pendurado num madeiro está debaixo da maldição de Deus”. Documentos descobertos em Qumran revelam que muitos judeus dos tempos de Jesus aplicavam esse texto á crucificação romana. Quem teria imaginado que o Santo de Deus levaria voluntariamente sobre si a maldição que deveria ser nossa? Esse emblema de vergonha tornou-se assim o símbolo de nossa salvação.